A data de 20 de novembro foi escolhida como data Nacional para o Dia da Consciência Negra. Dedicados, geralmente, a debates, informes, conversas, ações culturais que desmistificam preconceitos, idéias distorcidas ou apoiadas em pensamentos do século 15 onde acreditam que existem pessoas “melhores” que outras por sua cor de pele, sua religiosidade etc. Essa data foi escolhida para homenagear o dia da morte de Zumbi (Rei) dos Palmares – O maior Quilombo que existiu no Brasil, pesquisadores falam em 30.000 habitantes.
Para os aluno(a)s e amigos do Matoso Filho, trago essa transcrição de como sofreram os descendentes afro-russanos, mesmo com suas resistências e incorporações, diante de uma época marcada pelo desrespeito ao ser humano e a chegada do pensamento capitalista no século 19, onde além de castigos horríveis, chegavam mesmo ao assassinato. (Essas são pessoas anônimas, que não tem voz, ainda existe muita gente nessas condições nos dias de hoje). Vejam ao lado a transcrição do Processo:
“...pessoas poderosas fizeram passar por suicídio a morte de escravos devida a excessos nos castigos corporais, ou eram comuns as suspeitas com este sentido, como aconteceu relativamente à escrava Rosa, de d. Luzia Martins da Luz, moradora no sítio Tábua, do termo da Vila de São Bernardo das Russas, e encontrada sem vida, em 19 de junho de 1858, dizendo-se ter ela dado fim à sua existência, porém o chefe de Polícia, suspeitoso, mandou fazer rigoroso sumário, conforme comunicou ao Presidente da Província no dia 26 seguinte...”.
*Bibliografia: Nobre, Geraldo. “Ceará em Preto e Branco”; Ed. Gráfica Editorial Fortaleza Ltda.; Fortaleza: 1988. Pág. 156.
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